Esta semana, em mais uma tarde decadente, assistia televisão quando uma reportagem sobre os golfinhos – daquelas tipo Discovery, me chamou atenção.
A inteligência dos golfinhos é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas, eles são nadadores privilegiados saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
Muitos comparam a inteligência de um golfinho como maior que a de um Homo Sapiens, dotados de um cérebro relativamente grande – maior que de um ser humano, com cerca de 1,5 quilogramas, possivelmente, pela necessidade de interpretação do sistema eco-sonar bastante desenvolvido no mamífero, utilizado tanto para comunicação, localização como para a caça.
Enquanto o repórter mergulhava rodeado de golfinhos explicava o comportamento social desse mamífero, eles vivem em grupos, de geralmente 4 à 10, unidos não necessariamente por grau de parentesco, mas sim por um objetivo em comum, a fêmea - a reprodução da espécie. Completou ainda que esses grupos são constantemente alterados, ou seja, eles ficam juntos enquanto têm privilégios, caso contrário, cada um busca outro grupo para continuar se dando bem.
Fiquei realmente encantado com isso, e vi vários grupos de golfinhos na vida social do ser humano, no trabalho, na universidade, na sala de aula, nos estágios, grupos esses que todos nós fazemos e somos parte. E o que nos une? Não é a reprodução da espécie, nossa moeda não é a fêmea (algumas vezes sim – haha), assim como os golfinhos buscamos nos dar bem, ter vitórias e quando um grupo já não é mais cômodo partimos pra outro, é a vida, é a natureza.
Apesar da mudança de grupos almejando certos objetivos, os golfinhos têm um sentido de companheirismo muito desenvolvido, pois se algum golfinho chegar a ficar ferido, outro o levará para a superfície para respirar. E é na falta de companheirismo que muitas vezes nos diferenciamos desses belos animais, infelizmente!
O repórter ainda chamou atenção para a dança dos golfinhos, que é vista por nós como um belo espetáculo da natureza, mas que no fundo serve para alertar o grupo sobre a presença de um outro grupo, um predador ou qualquer outra ameaça. E é assim, certas pessoas fazem verdadeiros espetáculos aos quais aplaudimos sem saber o verdadeiro sentido daquilo.
Há quem se engane com a elegância da dança copiosamente executada por nossos golfinhos, e eles continuam comemorando: Não contavam com minha astúcia!